Também somos uma pátria de heróis (não só de bandidos e salafrários como querem Arnaldo Jabour e outros iconoclastas).
Nosso herói não usa vistosas roupas coloridas, não ostenta capas esvoaçantes e não bombardeia vilas civis. Também não escala edifícios, não tem o poder de voar e nem derruba napalm em quem se parece com o inimigo.
Nem mesmo nosso herói é hoje Macunaíma, porque aquele foi resultado de um grito de Mário de Andrade num momento em que era necessário acordar-nos e, talvez, provocar uma certa autofagia...
Nosso herói é personagem do dia a dia, que sofre, erra, acerta, ama, briga e, fundamentalmente, luta pela vida. Está pelas fábricas e pelas ruas, pelas escolas e pelas feiras, por todos os lugares onde um cidadão respeitável deve estar.
E está também em cima de uma ambulância gritando a plenos pulmões o seu protesto em favor de uma inocente criança recém-nascida cujo atendimento médico havia sido negado.
Usa da arma que tem e que carrega dentro de si, uma arma que todos nós brasileiros também possuímos para ser usada a qualquer momento em que dela necessitemos: a JUSTA INDIGNAÇÃO.
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