De
novo.
Implacavelmente
de novo a incompetência, o descaso e a irresponsabilidade criminosa venceram.
Quem
foi o responsável? A fiscalização? O governo? Agora passaremos os próximos
meses tentando descobrir um culpado, quando o verdadeiro está encoberto pela
soleira da porta e pela dificuldade do Judiciário brasileiro em punir
verdadeiros criminosos.
Não
foi a barragem que ruiu. Pouco importa se estava desativada ou não.
Alguém
sabe dizer se houve um terremoto?
Um
vendaval?
Uma
tromba dágua?
Um
ciclone?
Não.
O que houve foram HOMICÍDIOS que, segundo alguns órgãos de imprensa podem
superar 100 vidas. Deus queira que não.
Mas
empresas não cometem homicídios...
Empresas
não, mas presidentes de empresas sim, gerentes-de-alguma-coisa sim. Talvez eles
estivessem contando os milhões que não pagaram aos atingidos na barragem de
Mariana...
É
simples.
Absolutamente
dentro do devido processo legal, que seja cassada a licença mineratória da Vale. Se
tiver que quebrar que quebre. Já vai tarde antes que outra ou outras tragédias
se sucedam ao sabor da impunidade.
Só
um órgão do Estado brasileiro é capaz de fazer justiça a tantos que perderam
suas vidas e seus bens: o Ministério Público. Que ele possa agir sem
intervenção dos abutres que se saciam no sangue e nos patrimônios de terceiros
a cada tragédia.
Quanto
aos funcionários que nada têm a ver com isto, é fácil ao Estado manter-lhes os salários
até que outra companhia ganhe o leilão do espólio mineral dessa companha vale
(que já foi do Rio Doce, mas hoje nos envergonha em nossa mineiridade).
Quanto
a essa empresa de glorioso passado e de triste presente, bem como suas subsidiárias e
coligadas no ramo mineral, SE TIVEREM DE QUEBRAR QUE QUEBREM.
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