sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

QUANTO À VALE, SE TIVER DE QUEBRAR QUE QUEBRE...



De novo.

Implacavelmente de novo a incompetência, o descaso e a irresponsabilidade criminosa venceram.

Quem foi o responsável? A fiscalização? O governo? Agora passaremos os próximos meses tentando descobrir um culpado, quando o verdadeiro está encoberto pela soleira da porta e pela dificuldade do Judiciário brasileiro em punir verdadeiros criminosos.

Não foi a barragem que ruiu. Pouco importa se estava desativada ou não.

Alguém sabe dizer se houve um terremoto?

Um vendaval?

Uma tromba dágua?

Um ciclone?

Não. O que houve foram HOMICÍDIOS que, segundo alguns órgãos de imprensa podem superar 100 vidas. Deus queira que não.

Mas empresas não cometem homicídios...

Empresas não, mas presidentes de empresas sim, gerentes-de-alguma-coisa sim. Talvez eles estivessem contando os milhões que não pagaram aos atingidos na barragem de Mariana...

É simples.

Absolutamente dentro do devido processo legal, que seja cassada a licença mineratória da Vale. Se tiver que quebrar que quebre. Já vai tarde antes que outra ou outras tragédias se sucedam ao sabor da impunidade. 

Só um órgão do Estado brasileiro é capaz de fazer justiça a tantos que perderam suas vidas e seus bens: o Ministério Público. Que ele possa agir sem intervenção dos abutres que se saciam no sangue e nos patrimônios de terceiros a cada tragédia.

Quanto aos funcionários que nada têm a ver com isto, é fácil ao Estado manter-lhes os salários até que outra companhia ganhe o leilão do espólio mineral dessa companha vale (que já foi do Rio Doce, mas hoje nos envergonha em nossa mineiridade).

Quanto a essa empresa de glorioso passado e de triste presente, bem como suas subsidiárias e coligadas no ramo mineral, SE TIVEREM DE QUEBRAR QUE QUEBREM.

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