sexta-feira, 2 de abril de 2010

Escândalos nossos... O escândalo da Capemi (1980)





Sílvio Lanna

Mais uma falcatrua (de muitas) ocorrida à época da ditadura militar: a Capemi (Caixa de Pecúlios, Pensões e Montepios) era empresa de previdência privada fundada e dirigida por militares.

Em 1980 era dirigida pelo general Ademar Aragão, militar ligado ao general Otávio Medeiros, poderoso chefe do SNI e que acalentava o desejo de vir a ser o próximo presidente militar.

A Capemi venceu uma licitação para desmatar uma área que viria a abrigar a usina siderúrgica de Tucuruí. Tal empreendimento serviria, segundo a empresa, para diversificar os negócios e ampliar seu portfólio financeiro. Sem maiores explicações, não obstante haver assinado o contrato de desmate, nada fez e, ainda, sofreu diversas acusações de que seus recursos financeiros haviam sido desviados para a "caixinha" do general Medeiros. O montante envolvido? Algo em torno de 100 milhões de dólares.

A resultante disto foi a quebra do grupo Capemi, com prejuízos a todos os seus participantes e aplicadores de boa fé que nele acreditaram principalmente por ter sido criado e gerido pelos militares.

15 comentários:

  1. Prezado Silvio, ao escrevermos algo sobre fatos que desconhecemos, o bom senso diz que devemos pesquisar e nos aprofundar nos fatos reais. Primeiro: O Gen Aragão nunca foi ligado ao Gen. Medeiros, O Gen Aragão em razão do falecimento, do então Presidente da Capemi, Cel Rolemberg assumiu a presidência de um grupo composto á época de apenas 3 empresas, e como sócio fundador do LAR FABIANO DE CRISTO de onde se originou a CAPEMI, com seu intelecto e assessorado por outros ótimos administradores, deixou um legado de 23 empresas constituidas e com um faturamento mutiplicado por milhões à época. A questão da falência do Agropecuária Capemi se deu por motivos outros, envolvendo outros atores. Um conselho antes de continuar a escrever o que não conhece....lei e estudo o caso e entre em contato com quem viveu aquele momento. Eu não posso me furtar de dizer que sou,até em razão do meu sobrenome, sou sobrinho do General Ademar Messias de Aragão, com muito orgulho que hoje completa 89 anos, um homem brilhante, um General com folha impecável, um filho digno e invejável, Pai, Avô, Bisavô, Tio, que foi é e sempre será um orgulho para todos nós e um exemplo a ser seguido.

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  2. Esqueci de dizer que trabalhei por 10 anos na CAPEMI, antes mesmo de meu tio se tornar Presidente e mais entrei na empresa contra a vontade dele, mas entreguei meu currículo passei por uma bateria de exames e fui contratado como outro qualquer, e naquela época eu assinava meu nome como Jorge Santos para que ninguém soubesse que eu era sobrinho de um dos fundadores, para não dizerem que estava entrando pela janela. Acompanhei e vivenciei todos os fatos do que chamam equivocadamente escândalo CAPEMI, do meu ponto de vista, do ponto de vista histórico e documental, deveria se chamar ESCÂNDALO João Figueiredo, que de tudo sabia, nada fez e traiu.... pesquise.

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  3. Boa noite, Jorge Aragão. Como ex-funcionário, acredito que o senhor também tenha sido contrinte da CAPEMI, pergunto qual é procedimento para resgatarmos todo o dinheiro confiado a esta empresa?

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  4. Silvio, voce e uma dessas pessoas que ate hoje dissiminam essa ideia enganosa de que existiu uma ditadura militar. Agora fala de assuntos que nao pode provar como se soubesse de algo. Hoje com os ultimos governos Lula/Dilma essa ideia enganosa ainda prolifera em nosso pais de grande potencial. Mas um dia isso vai acabar. O Brasil um dia vai reconhecer que se aquelas ideias fanaticas dos anos 60 tivesse dado certo, o Brazil seria uma grande Cuba. E os artistas, cantores que promovem essa ideia absurda nunca seriam conhecidos.

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  5. Caramba, como existem reacionários neste país. Dizer que não existiu DITADURA MILITAR no Brasil só pode ser alguém que se encaixa na descrição abaixo:
    - Foi um TORTURADOR E/OU ALCAGUETE do Regime Autoritário;
    - Não acredita que houve o Regime NAZISTA imposto por Hitler;
    - Sempre achou que os Indios Americanos realmente deveriam ser dizimados, assim como INCAS, MAIAS, ASTECAS...;
    - Simpatizante dos Regimes de Segregação Racial e Social, inclusive o Sul Africano;
    - Cresceu ouvindo historinhas dos heróis militares que protegeram o Brasil dos antropofágicos;
    - Se beneficia até hoje da condição nefasta da época do Autoritarismo quando o REGIME MILITAR humilhou e matou o seu próprio povo;
    - Não entende que o Regime Militar FALIU com a EDUCAÇÃO PÚBLICA se deliciando com a crescente involução das pessoas como CIDADÃO;
    - É um BEÓCIO e/ou CÍNICO assumido que não sabe viver sem sub-julgar pela força;
    - é um grande COVARDE E MENTIROSO..,.

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    1. ANÔNIMO DE 20 DE JUNHO - V. DEVE SER UM DOS QUE ARREBENTARAM LOJAS, BANCOS E ARRANCARAM DE UM MASTRO, ATÉ A BANDEIRA DO BRASIL. VERDADEIRO PETRALHA BADERNEIRO DESSAS ÚLTIMAS MANIFESTAÇÕES.ODEIA ORDEM E PROGRESSO - HIERARQUIA E DISCIPLINA.A PALAVRA "REACIONÁRIO" É BEM PRÓPRIA DO NOVEL COMUNA QUE VOCÊ É.FIQUE COM SEU MOLUSCO E SINTA O GOSTO DELE, DE SUA COMPANHEIRA ROSE E DI UMA TERRORISTA. SÓ O FUTURO DIRÁ - COMO V. ESTA A BOQUIRROTAR, HOJE. VADE RETRO SATANÁS!

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    2. E você aí de cima deve ser um dos canalhas do CCC e outras organizações de extrema-direita que invadiam teatros e espancavam atores por suas obras "subversivas". Covarde!!!

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  6. Altemar Henrique de Oliveira14 de julho de 2013 às 17:12

    Prezado Jorge Aragão. Já que, como afirma, o senhor se trata de uma testemunha privilegiada dos fatos, porque não conta tudo o que sabe? Dê nomes, esclareça os atos efetuados, faça um favor à história do País que diz tanto amar... De que adianta simplesmente alegar que a versão do Sr. Silvio Lanna é falsa e perder tempo com meros galanteios aos militares que o senhor julga serem dignos, enquanto encobre crimes de outros que podem não ser assim tão dignos.

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  7. Prezado Jorge Aragão, também convivi com um diretor da Capemi, que lá começou na década de 70, e que dizia que depois que o morreu o "velho" - a quem tinha profundo respeito e veneração (embora o chamasse, afetuosamente, assim) - os filhos tomaram a frente e acabaram com a Capemi. Isso procede? Esse "velho" era o Gen Aragão ou o Cel Rolemberg?

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    1. Não quero entrar na briga nem defender "a" ou "b, apenas esclarecer. O "velho" era o Cel. Rolemberg e nenhum de seus filhos assumiu a direção da Capemi, após a sua morte quem assumiu a empresa foi o Gen. Aragão que por influência de pessoas que se diziam "capazes" foi convencido a criar uma "holding" e se envolver em atividades fora da experiência original que era de previdência privada. A partir daí os "capazes" assumiram a gestão de todas as demais atividades e deu no que deu. Até onde eu sei a Capemi quitou na justiça todos os débitos e limpou seu nome.

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  8. As viúvas da ditadura não desistem....

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  9. Este comentário foi removido pelo autor.

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  10. Ter vivido aquele período e a repercussão na universidade, e ter vivido a experiência da nova república, tendo feito minha pequena contribuição para tirar a esquerda do poder - não tem preço. Ter assistido os terroristas daquela época se orgulharem dos seus feitos e qualificarem de ditadura a resistência militar convocada pela população, poder comparar os seus feitos e devolver aos militares o poder pelo voto - é a glória. Mas, então, quer dizer que o escândalo Capemi deveria se chamar escândalo Figueiredo? Alguém precisa escrever esse livro. Brasil acima de tudo, Deus acima de todos.

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