quarta-feira, 6 de junho de 2012

Todo dia é dia de Índio...


Nesta segunda o Banco Central interviu no Banco América do Sul, pequena instituição financeira que operava principalmente nos famosos empréstimos consignados. Detentor de uma carteira de créditos e de financiamentos da ordem de 8 bilhões de reais, o Bacen já identificou fraudes superiores a 1 bilhão.

O banco utilizou-se, dentre outros, do caminho tradicional de algumas fraudes financeiras já operadas por banqueiros no país: o lançamento de operações de crédito falsas e consequente desvio dos valores para contas não vinculadas ao banco e nem a seus responsáveis legais. A sangria em seus cofres torna sua situação insustentável e a bomba relógio (ou o "mico", como queiram) explode nas mãos dos empregados, aplicadores e do governo. Isto porque o interventor não consegue localizar bens e recursos financeiros em montante suficiente para cobrir os credores. 

Digno de nota é o fato de que a instituição é de propriedade da família do deputado Índio da Costa, que foi vice de Serra, do PSDB, na chapa da eleição presidencial de 2.010.

Uma pergunta desponta imediatamente: caso tivesse sido eleito, será que o América do Sul tinha quebrado? 

Segundo o Bacen, o América do Sul não deverá retornar ao controle da família do deputado após a intervenção. Seu destino será a venda a outra instituição, operação considerada tranquila, pois já haveria interessados.

Mesmo assim seus administradores e diretores não terão do que reclamar: em 2011 cada um deles embolsou algo em torno de 40 milhões a título de salários, participações e dividendos. Esse valor já havia subido para perto de 50 milhões de reais em 2012. Considerando ainda que o todo poderoso da instituição, sr. Luís Octávio Índio da Costa exercia ambas as funções, seus ganhos chegaram no ano passado a perto de 80 milhões de reais e se encaminhavam neste ano para os 100 milhões.

Pelo visto, é mesmo verdadeira aquela história que rola no mercado financeiro sobre os negócios mais rentáveis da economia, sendo:
O melhor negócio do mundo um banco bem administrado
O segundo melhor negócio do mundo um banco mal administrado
O terceiro melhor negócio do mundo um banco quebrado

No caso presente confirmamos ainda que a família controladora da instituição financeira de índio não tem nada...
  

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